De início achei um tanto quanto exagerada esta afirmação, uma vez que a fonte de quase todas as nossas reflexões começa em África, a fonte principal de quase todas as tradições que levaram na afirmação identitaria de muitos que se encontram na Diaspora abraçassem as tradições é a própria África, seria contraditório se isto fosse verdade na sua totalidade.
Mas a medida que fui me aprofundando cada vez mais na busca do conhecimento das nossas tradições e concepções filosóficas Africanas me posicionei na história da África e compreendi que é verdade e ao mesmo tempo é um facto inegável que os que se encontram na Diaspora têm uma visão mais ligada as suas culturas e tradições. Mas esta realidade pode ser confrontada buscando algumas razões importantes para este afirmação bolingolativa em torno da África:
Mas a medida que fui me aprofundando cada vez mais na busca do conhecimento das nossas tradições e concepções filosóficas Africanas me posicionei na história da África e compreendi que é verdade e ao mesmo tempo é um facto inegável que os que se encontram na Diaspora têm uma visão mais ligada as suas culturas e tradições. Mas esta realidade pode ser confrontada buscando algumas razões importantes para este afirmação bolingolativa em torno da África:
1. Primeiro, é que, os que se encontram na Diaspora defrontam-se frente a frente com o sistema racial não como uma Utopia, mas como um facto que eles vivem diariamente na qual muitos compreenderam a estrutura deste sistema;
2. Segundo, para além do racismo activo, que foi o que levou a escravidão/ colonização dos povos africanos, na Diaspora o Racismo também é Institucional, na qual os pretos, os descendentes de uma forma geral não encontram espaço de manobra dentro daquelas sociedades;
3. Terceiro, os que se encontram na Diaspora atendendo a dimensão da própria história da humanidade eles buscam e procuram saber o que se passou de facto em África na altura, e o porquê que os Europeus procuram de toda a forma subjugar os povos negros no mundo;
4. Quarto, é que este facto permite aos que se encontram na Diaspora a buscarem o conhecimento a respeito da história da África e das culturas africanas partindo das suas civilizações, o que faz com que tenham um sentimento de pertença muito elevado pela África e se ligarem com os seus ancestrais ;
Partindo destas constatações, os que se encontram na Diaspora constroem a sua visão do mundo partindo das tradições africanas dando a estes uma nova estrutura do pensamento para afirmação da sua identidade. Uns se afirmam na base do Panafricanismo outros dentro das religiões tradicionais Africanas.
Com o sistema de pensamento voltado ao Panafricanismo eles centram-se com a nova técnica intelectual que se se chama de Afrocentricidade colocando a África no quadro intelectual das suas abordagens históricas defendendo os valores e os interesses africanos em primeiro lugar. Maulana Karenga refere-se que: "Afrocentricidade é essencialmente uma qualidade de perspectiva ou abordagem que assenta na imagem cultural e no interesse humano do povo Africano." Esta qualidade intelectual para muitos que se encontram na Diaspora serve de ferramenta para interpretação da história olhando para as suas próprias culturas e se posicionando face as adversidades que existem na Diaspora.
Eu particularmente tenho muito respeito pelas nossas culturas e tradições africanas, e em contrapartida, respeito todos os pretos Africanos que têm preservado as nossas tradições que têm nos dado está memória histórica e colectiva que se revive espiritualmente."
Fonte: Simão Bengui Eduardo (2019) Cc: Aline M. Baldez de Al
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